‘Um ano e dez meses sem corrupção no governo’, diz Bolsonaro em live

Um dia depois de fazer polêmicas declarações sobre a Operação Lava Jato, o presidente Jair Bolsonaro retomou  o assunto durante transmissão ao vivo nas redes sociais na noite desta quinta-feira 8.

“É impressionante a hipocrisia de muita gente e de grande parte da imprensa. Para o meu governo, não tem mais Lava Jato. Nós não temos uma notícia de corrupção. Para nós a Lava Jato não tem finalidade, graças a Deus. Agora, para os demais órgãos do Brasil, alguns estados, alguns municípios, vai continuar funcionando normalmente. O ‘Covidão’ nem começou ainda. Tem estados aí em que o governador já recebeu três visitas da Polícia Federal”, disse o presidente. “Um ano e dez meses sem corrupção em nosso governo. Eu sei que é obrigação. Mas no passado não tinha isso”, completou.

Durante pronunciamento no Palácio do Planalto na quarta-feira 7, Bolsonaro afirmou que “acabou” com a Lava Jato porque não há corrupção a ser apurada no governo. “É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo”, afirmou.

Na live, ele também falou sobre as eleições municipais deste ano. Bolsonaro não citou nomes, mas apontou alguns dos candidatos que apoia. “Em São Paulo, todo mundo sabe que eu tenho um candidato. Em Santos, também. Em Belo Horizonte, também, um candidato gordinho, jovem, inteligente. Em Fortaleza tem um capitão lá, se Deus quiser vai dar certo. E em Manaus temos um coronel do Exército”, afirmou.

“Tem que pensar muito para votar. Já erramos muito no passado. Alguns acham até que erraram comigo. Tudo bem, não tem problema. Se eu não vier candidato em 2022, tem o [Fernando] Haddad, poste, tem o [Geraldo] Alckmin, o Ciro [Gomes], a Marina [Silva]. Tem um montão de candidato para o pessoal escolher em 2022”, provocou Bolsonaro.

O presidente também voltou a comentar a indicação de Kassio Nunes ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele defendeu o desembargador de acusações feitas por militantes bolsonaristas. “Pancada em cima dele. ‘Ah, ele é amigo de petistas’. O que diz o velho ditado? Quem até os 30 não foi de esquerda não tem coração. Quem depois dos 30 continua de esquerda não tem cérebro. As pessoas mudam”, declarou.