Justiça

TSE rejeita candidatura de vereador suspeito de ligação com milícia em Belford Roxo (RJ)

A candidatura foi negada mesmo sem uma condenação, um entendimento mais rigoroso do que o da Lei da Ficha Limpa

TSE rejeita candidatura de vereador suspeito de ligação com milícia em Belford Roxo (RJ)
TSE rejeita candidatura de vereador suspeito de ligação com milícia em Belford Roxo (RJ)
Fabinho Varandão, do MDB de Belford Roxo (RJ). Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral decidiram nesta sexta-feira 20, por unanimidade, negar o registro de candidatura ao vereador Fabinho Varandão, do MDB de Belford Roxo (RJ). O parlamentar é suspeito de ter ligação com milícias que atuam na Baixada Fluminense.

A candidatura foi negada mesmo sem uma condenação, um entendimento mais rigoroso do que o da Lei da Ficha Limpa. O julgamento ocorreu no plenário virtual da Corte, sistema onde os ministros apenas incluem seus votos.

O caso chegou ao TSE após a Justiça Eleitoral do Rio rejeitar candidaturas suspeitas de ligação com os grupos criminosos, mesmo sem condenação por órgão colegiado. O entendimento foi baseado na Constituição, que estabelece a necessidade de “moralidade”, a partir da “vida pregressa do candidato”.

Quando o primeiro recurso de Fabinho Varandão foi analisado pelo TRE fluminense, a desembargadora Maria Helena Pinto Machado, afirmou que o vereadora é acusado, com base em “provas consistentes”, de “integrar milícia armada e de, em inúmeras oportunidades, ameaçar de morte quem pretendeu realizar a distribuição de sinal de internet em Belford Roxo“.

Ainda que não decisão condenatória, argumentou a relatora do caso, a “prática criminosa objeto da ação penal é, definitivamente, incompatível com a moralidade requerida para o exercício do mandato eletivo para o qual pretende concorrer, além de atentar contra a normalidade das eleições”.

No recurso ao TSE, a defesa afirma que ele “possui todos os requisitos de elegibilidade” e defende que a presunção de inocência do vereador seja respeitada. O ministro Antonio Carlos Ferreira, relator da ação, votou para rejeitá-la. Ele foi acompanhado por André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Isabel Galotti, Floriano Azevedo Marques, André Mendonça e Nunes Marques.

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