Política

TSE comunica MP Eleitoral sobre disparos com mensagem golpista pró-Bolsonaro no Paraná

Governo estadual diz que o disparo ocorreu a partir de uma empresa terceirizada

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comunicou neste sábado o Ministério Público Eleitoral sobre os disparos em massa de mensagens com teor golpista em apoio à candidatura do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o tribunal, relatos de pessoas que receberam o SMS foram registrados no Paraná. Caberá, agora, ao MP decidir se abre um procedimento para apurar o caso.

A assessoria de imprensa informou que a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação da corte tomou ciência dos fatos na manhã deste sábado, antes de encaminhar ao MP. “O encaminhamento foi realizado no âmbito da parceria do Programa de Enfrentamento à Desinformação da Justiça Eleitoral”, informou o TSE, em nota.

De acordo com pessoas que receberam a mensagem, conforme publicou O GLOBO, o número do remetente costuma ser usado por serviços públicos do governo estadual, como Detran e secretarias de governo.

A mensagem recebida por SMS na madrugada deste sábado diz que “vai dar Bolsonaro no primeiro turno”, caso contrário “vamos invadir o STF e o Congresso”!. O texto também diz: “Presidente Bolsonaro conta com todos nos!! (sic)”.

Empresa terceirizada

Segundo o governo do Paraná, comandado por Ratinho Jr., do PSD, aliado de Bolsonaro, o disparo ocorreu a partir de uma empresa terceirizada que presta serviços por meio da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).

Em nota, o governo do Paraná afirmou que “repudia qualquer tentativa de uso político ou manifestação antidemocrática e determinou à Celepar apuração célere junto a seus parceiros para responsabilização desse fato lamentável”. Segundo a gestão de Ratinho Junior (PSD), a empresa terceirizada já foi notificada pela Celepar.

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) também divulgou nota para informar que seu núcleo de combate a crimes digitais já está apurando quem são “os responsáveis pelo disparo em massa de mensagens SMS irregulares”. Segundo a secretaria, policiais especializados “deverão atuar em colaboração a órgãos federais.”

“As mensagens de cunho político enviadas por SMS foram feitas a partir de uma empresa terceirizada, a Algar Telecom, sem qualquer iniciativa e envolvimento da Celepar e do Governo do Estado. Em nenhum momento a Celepar teve ciência, autorizou ou enviou qualquer tipo de mensagem”, diz a nota, acrescentando que “o caso é grave e os responsáveis serão penalizados na forma da lei”.

Segundo a secretaria, a Celepar notificou a empresa e “repudia qualquer tentativa de uso político, eleitoreiro ou manifestação antidemocrática a partir de suas plataformas de serviços e trabalha ativamente para combater esse tipo de atitude”.

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