Justiça

TSE acata denúncia de candidaturas de laranjas em partido de Bolsonaro

Denúncia foi feita pela Rede Feminista de Juristas

TSE acata denúncia de candidaturas de laranjas em partido de Bolsonaro
TSE acata denúncia de candidaturas de laranjas em partido de Bolsonaro
Bolsonaro cumprimenta Bebianno na posse: demissão não encerra o caso (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou, na segunda-feira 13, uma denúncia feita pela Rede Feminista de Juristas (deFEMde ) contra cinco supostas candidaturas de laranjas do Partido Social Liberal (PSL), sigla do presidente Bolsonaro.

A ação, que terá o ministro Edson Fachin como relator, acusa o presidente do Partido, Luciano Bivar, o Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, e o ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, de registrar candidaturas femininas exclusivamente para arrecadar dinheiro do fundo eleitoral, suprindo a cota de 30% de mulheres e direcionando a quantia para candidatos homens.

A advogada Eleitorialista e integrante da deFEMde, Maíra Calidone Recchia, foi a responsável por redigir a denúncia. Ela explica que, além de conter fraude eleitoral nessas supostas candidaturas laranjas, há um crime eleitoral grave que precisa ser apurado. “Houve falsificações de documentos e desvio de dinheiro público, pois tudo indica que mulheres receberam dinheiro do fundo eleitoral e tiveram que repassar para outros candidatos”, afirma.

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O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais (MPE-MG) já havia pedido uma  investigação sobre denúncias relacionadas a Zuleide de Oliveira, que foi candidata a deputada estadual no ano passado pelo PSL. A mineira disse ao jornal Folha de S.Paulo que seria usada pelo partido para recebimento de dinheiro do fundo partidário.

Em 27 de fevereiro, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar suspeitas de candidaturas de laranjas do PSL de Minas Gerais. Outras cinco mulheres do PSL são investigadas pela PF e pelo MP de Minas por suspeita na eleição passada.

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A denúncia, acatada por Fachin, foi enviada para a Procuradoria-Geral Eleitoral e será investigada. Se comprovado o crime, os acusados podem pegar até cinco anos de reclusão.

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