Política

TRE do Paraná remarca para dezembro depoimento de Moro em processo que pode levar à cassação

A oitiva aconteceria na quinta-feira 16, mas foi adiada a pedido dos advogados do ex-juiz. Moro é acusado de abuso de poder político nas eleições de 2022

TRE do Paraná remarca para dezembro depoimento de Moro em processo que pode levar à cassação
TRE do Paraná remarca para dezembro depoimento de Moro em processo que pode levar à cassação
O ex-juiz Sergio Moro. Foto: Nelson Almeida/AFP
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O desembargador Dartagnan Serpa Sá, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, remarcou para 7 de dezembro o depoimento de Sergio Moro (União Brasil-PR) no âmbito de duas ações que podem levar à cassação do seu mandato como senador. A oitiva, que aconteceria na tarde desta quinta-feira 16, foi adiada a pedido dos advogados do ex-juiz.

Moro é acusado de abuso de poder econômico e político, além de uso indevido dos meios de comunicação na campanha eleitoral do ano passado. O tribunal deve julgar em conjunto as ações apresentadas pelo PL e pela federação PT/PV/PCdoB.

A nova data foi definida em despacho assinado pelo magistrado no dia 24 de outubro.

Os advogados do senador argumentaram que o volume de documentos enviados aos autos do processo pelo Podemos, em outubro, impactaria significativamente na condução dos depoimentos. Sustentaram ainda que houve violação “aos princípios de cooperação, lealdade e boa-fé processuais ao promover a juntada extemporânea de documentos dos quais já dispunham”.

Para o desembargador, o adiamento na oitiva seria uma forma de garantir a ampla defesa entre as partes. Além do ex-juiz, seus dois suplentes no Senado também devem depor no dia 7 de dezembro: Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra.

Os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação foram remarcados para 29 de novembro, 30 de novembro e 1º de dezembro. A defesa de Moro indicou três testemunhas para tentar livrá-lo da cassação: o deputado federal cassado Deltan Dallagnol, Sandra Salvadori e Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas. Os três serão ouvidos no dia 1º.

Conforme apurou CartaCapital, o PL projeta que a ação irá a julgamento às vésperas das eleições municipais de 2024. Independentemente do resultado no TRE do Paraná, a parte derrotada acionará o Tribunal Superior Eleitoral para reverter a decisão.

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