Política

Tarcísio quer transferir usuários da Cracolândia para o Bom Retiro: ‘Vai dar certo? Não sei’

O objetivo seria aproximar os usuários de equipamentos que atendem a população em situação de rua

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que pretende transferir os usuários da Cracolândia do centro da cidade para a região do Bom Retiro.

A mudança teria como objetivo aproximar os dependentes químicos dos equipamentos da prefeitura para atendimento à população em situação de rua, como o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas e uma unidade da Assistência Médica Ambulatorial.

“A gente quer levar essas pessoas para o Complexo Prates. Lá, eu tenho uma AMA, lá eu tenho um Caps e consigo deixá-los um pouco mais afastados da área residencial e da área comercial. Vamos ver se a estratégia vai dar certo. Vai dar certo? Não sei. Vamos tentar esse movimento agora para oferecer assistência imediata, sem tanto transtorno para a cidade”, justificou o governador.

Desde o início do mês, estado e município tentam, sem sucesso, remover o fluxo de usuários da região central.

“Temos uma estratégia de colocar essas pessoas um pouco mais distante das áreas residenciais e comerciais, em uma área em que a gente tenha equipamentos e possa prestar atendimento mais próximo. Não adianta tentar fazer abordagem sem estar próximo dessas pessoas”, disse Tarcísio.

Ele ainda reforçou que as operações policiais de combate ao tráfico de drogas na região continuarão.

“Em breve, vamos instalar mais uma companhia da Polícia Militar no centro. Em fevereiro do ano que vem, teremos um batalhão instalado lá, vamos aumentar brutalmente o efetivo e vamos trabalhar com monitoramento.”

O governador também usou como suposto exemplo de ação bem-sucedida uma operação na Praça da Sé criticada por instalar grades para  “promover a segurança na região e proteger os jardins e locais que recebem intervenções de zeladoria”. Trata-se de um caso de arquitetura hostil contra a população em situação de rua.

Com a ação, os usuários passaram a ocupar outros locais, como o Pátio do Colégio e os baixios dos viadutos do Minhocão e do Glicério.

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