Justiça

STJ manda PF investigar Cláudio Castro por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro

A abertura do inquérito foi solicitada pela PGR com base na delação do empresário Marcus Vinícius da Silva, que acusou Castro de receber propina em troca de favorecimentos em contratos

STJ manda PF investigar Cláudio Castro por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro
STJ manda PF investigar Cláudio Castro por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro
Foto: Rafael Campos/GOVRJ
Apoie Siga-nos no

O ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça, determinou que a Polícia Federal investigue se o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), cometeu os crimes de corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Sigilosa, a decisão foi revelada pela GloboNews.

A abertura do inquérito foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República em novembro do ano passado. A PGR pediu a apuração com base na delação do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, que acusou Castro de receber propina em troca de favorecimentos em contratos da Prefeitura do Rio e do governo do Estado.

Segundo a delação, o governador teria recebido os valores ilícitos de Flávio Chadud, diretor da empresa Servlog. O empresário foi preso durante a Operação Catarata, deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para investigar fraudes em licitações.

De acordo com a PGR, a organização criminosa instalada na Prefeitura da capital fluminense e no Palácio da Guanabara quando Castro era vereador e vice-governador continuou a exercer sua influência quando o político assumiu o Executivo estadual.

“Ao menos nesta fase inicial da investigação, os elementos probatórios convergem para a continuidade da atuação criminosa no novo cargo, justificando, portanto, o reconhecimento do Superior Tribunal de Justiça como foro competente para investigação dos crimes indicados pelo colaborador Marcus Vinícius Azevedo da Silva”, pontuou.

Em nota, a defesa de Cláudio Castro disse lamentar que “fatos antigos sejam requentados” e afirmou que o Ministério Público do Rio “não encontrou nenhum elemento capaz de vincular a ele qualquer irregularidade”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo