Justiça

STF tem maioria para manter suspensa ação movida por Lira contra Renan

O caso – mais um da série de embates entre os parlamentares – nasceu após o senador chamar Lira de ‘ladrão’ e dizer que ele interferiu na PF em Alagoas

STF tem maioria para manter suspensa ação movida por Lira contra Renan
STF tem maioria para manter suspensa ação movida por Lira contra Renan
Arthur Lira e Renan Calheiros. Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para ratificar a decisão do ministro André Mendonça de suspender a tramitação de um processo movido na Justiça Federal de Brasília pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por crimes contra a honra.

Este caso – mais um da série de embates entre os parlamentares – nasceu após o senador chamar Lira de “ladrão” e dizer que ele interferiu na Polícia Federal em Alagoas.

O julgamento, que acontece no plenário virtual do colegiado, começou 16 de junho e deve ser finalizado às 23h59 desta sexta-feira 23. A liminar de Mendonça foi chancelada pelos ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Gilmar Mendes. Ainda falta o voto do ministro Kassio Nunes Marques.

Renan foi processado por crime contra a honra do deputado após escrever nas redes sociais, em 14 de outubro de 2022, que Lira “é ladrão já condenado por desvios na Assembleia”. O senador ainda acusou o presidente da Câmara de interferir na PF para obter o afastamento do governador Paulo Dantas (MDB).

O Superior Tribunal de Justiça chegou a afastar Dantas do cargo por suspeitas de corrupção na Assembleia Legislativa, mas a decisão foi posteriormente derrubada pelo STF.

Ao suspender a tramitação da queixa-crime, Mendonça ponderou que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios não teria competência para julgar casos cobertos por prerrogativa de foro.

A Procuradoria-Geral da República opinou pelo envio da ação ao STF. Para a PGR, o caso tem relação com o mandato de Renan e por isso deve ser julgado pelos ministros da Corte.

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