Política

STF desmente fake news atribuída a Barroso sobre eleição de Bolsonaro

Corte divulgou nota para desmentir conteúdo falso, que circula nas redes sociais e atribui ao ministro frase crítica ao presidente

Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal. Foto: Rosinei Coutinho/STF
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O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota, nesta terça-feira, para desmentir fake news sobre o ministro Luis Roberto Barroso, que tem circulado nas redes sociais. Conforme a publicação, Barroso teria dito em uma live, a juízes franceses, que Bolsonaro só seria eleito se passasse por cima de seu cadáver. O gabinete do ministro afirma, segundo a nota da Corte, que ele jamais deu essas declarações e que a transmissão ao vivo jamais aconteceu.

O texto atribuído falsamente a Barroso foi publicado em um “blog desconhecido e reproduzido via Whatsapp e em diversas postagens no Twitter”, segundo o STF. A falsa declaração foi divulgada a partir de um link para o site. Lá, um parágrafo sem autor identificado também atribui a Barroso outra frase falsa, desta vez sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “Lula merece uma segunda chance”. O texto diz ainda que o ministro teria afirmado que “não reconhece o presidente legitimamente eleito, Jair Bolsonaro”.

No comunicado, a Corte alertou para a “importância de não repassar informações publicadas em sites não confiáveis” e com declarações alarmistas.

“O Brasil vive a naturalização da mentira. Há uma nova atividade no país: a de traficante de notícias falsas. Vivemos uma decadência ética profunda”, diz o ministro, na nota divulgada.

No Twitter, o link para o conteúdo falso foi amplamente divulgado. O nome do ministro chegou aos assuntos mais comentados no campo da Política, com mais de 4,2 mil menções.

Nas redes sociais, os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aos seus ministros voltaram a ganhar fôlego entre perfis bolsonaristas. No YouTube e no Instagram, as menções às instituições e aos magistrados superam as referências ao principal rival do presidente na disputa eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e as citações aos demais pré-candidatos.

Investidas contra os magistrados relacionadas às eleiçoes têm voltado ao debate. Na sexta-feira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou que a Justiça Eleitoral está sob ataque e a democracia ameaçada. Sem citar nomes, o ministro declarou que não vai “aguçar o circo de narrativas conspiratórias das redes sociais”, numa referência às acusações de fraudes, sem provas, envolvendo o sistema eletrônico de votação usado no Brasil. Também defendeu “dissipar o flerte com o retrocesso”, assegurando a prevalência da institucionalidade sobre “a ordem de coisas inconstitucional”.

 

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