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Sob pressão, ministro das Comunicações diz ser ‘o maior interessado’ em reunião com Lula

Juscelino Filho entrou na mira do governo após acusação sobre possível uso irregular de avião da FAB e de recursos públicos

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), disse nesta sexta-feira 3 ser “o maior interessado” na reunião marcada com o presidente Lula (PT) para a próxima segunda. A expectativa é de que, durante o encontro, o político se defenda das acusações de que é alvo.

“Assim que chegar em Brasília irei procurar o presidente Lula para esclarecer todos os fatos”, disse o ministro ao jornal O Globo. “Eu sou o maior interessado nessa reunião, porque quero deixar claro que não fiz nada de errado e que as denúncias são infundadas. Entendo o papel da imprensa, mas até minha família foi atacada nesses últimos dias.”

Juscelino entrou na mira do governo após acusação sobre possível uso irregular de avião da Força Aérea Brasileira e de recursos públicos para pagamento de diárias entre 26 e 30 de janeiro. Segundo ele, não houve irregularidades na viagem.

“Está tudo documentado. Então, eu agradeço ao presidente Lula a oportunidade de ser ouvido com isenção e serenidade. E, como disse o ministro Padilha, tenho direito à presunção de inocência.”

Mais cedo, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu que o ministro se afaste do cargo para tentar se justificar diante das acusações. Para a petista, a medida evitaria um “constrangimento” ao governo.

Acho que o ministro devia pedir um afastamento para poder explicar, justificar, se for justificável o que ele fez. Isso impede o constrangimento de parte a parte”, afirmou Gleisi em entrevista ao Metrópoles. 

Em entrevista à BandNews FM na quinta-feira 2, Lula afirmou ter convocado o ministro para uma conversa na próxima segunda e indicou a possibilidade de exonerá-lo. “Se ele não conseguir provar sua inocência, não pode ficar no governo. Eu garanto a todo mundo a presunção de inocência”, disse o presidente.

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