Política
Padilha pede cautela diante de cobranças pelo afastamento do ministro das Comunicações
‘Já vi muita gente ser afastada por pré-julgamentos injustos, inclusive companheiros do PT’, argumentou o chefe das Relações Institucionais
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu cautela nesta sexta-feira 3 sobre um possível afastamento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Segundo ele, todos os integrantes do governo “têm direito à presunção de inocência”.
“O que se espera de todos eles é que tenha espaço para sua defesa”, disse Padilha ao jornal O Globo. “E tenho certeza de que o farão, sem pré-julgamentos. Já vi muita gente ser afastada por pré-julgamentos injustos, inclusive companheiros do PT.”
A presidenta nacional do partido, Gleisi Hoffmann, defendeu por sua vez que Juscelino se afaste do cargo para tentar se justificar diante das acusações de que é alvo. Para a petista, a medida evitaria um “constrangimento” ao governo.
O ministro entrou na mira do governo após acusação sobre possível uso irregular de avião da Força Aérea Brasileira e de recursos públicos para pagamento de diárias entre 26 e 30 de janeiro.
“Acho que o ministro devia pedir um afastamento para poder explicar, justificar, se for justificável o que ele fez. Isso impede o constrangimento de parte a parte”, afirmou Gleisi em entrevista ao Metrópoles.
Ante a repercussão do caso, o político do União Brasil disse ter devolvido o dinheiro de diárias recebidas para cobrir despesas de uma viagem a São Paulo que, segundo revelou o jornal O Estado de S.Paulo, teve na agenda uma série de atividades particulares.
O presidente Lula, em entrevista à BandNews FM na quinta-feira 2, afirmou ter convocado o ministro para uma conversa na próxima segunda e indicou a possibilidade de exonerá-lo. “Se ele não conseguir provar sua inocência, não pode ficar no governo. Eu garanto a todo mundo a presunção de inocência”, disse o petista.
Em outra frente, deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentaram um requerimento para convocar Juscelino a se explicar sobre as acusações e pediram a abertura de uma investigação pela Procuradoria-Geral da República.
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