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Só a reeleição adia o encontro marcado do clã Bolsonaro com a Justiça

Sem a proteção do mandato presidencial, os Bolsonaro dificilmente escapam de condenações pós-eleições

As pretensões eleitorais de Fabrício Queiroz deixam a família ainda mais exposta - Imagem: Roberto Jayme/TSE e Nelson Almeida/AFP
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Rompido com o bolsonarismo desde o segundo mês de governo, o empresário Paulo Marinho, um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência e primeiro suplente do filho Zero Um no Senado, afirmou em post publicado no domingo 23 que seu “consolo” é que em janeiro do ano que vem “a família presidencial vai para a cadeia”. Mais do que uma praga rogada ao clã, o comentário de Marinho, hoje presidente do PSDB no Rio de Janeiro, reflete a possibilidade de que os vários processos que investigarão o presidente, seus filhos e ex-mulher ao longo de 2022 tenham seus andamentos acelerados em caso de derrota nas urnas em outubro. Com a Justiça em seus calcanhares, os Bolsonaro têm na reeleição do chefe a única esperança de impedir – ou ao menos retardar – o temido encontro com os tribunais.

Advogado criminalista que defendeu quatro presidentes e 80 governadores, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirma que, embora Bolsonaro tenha conseguido se manter no cargo, a situação do presidente e sua família é “extremamente grave” perante a Justiça: “Bolsonaro é um serial killer em matéria de crime de responsabilidade e só não sofreu ­impeachment porque entregou o governo ao PP. O partido, ao comandar a Câmara dos Deputados com mão de ferro, deu a estabilidade necessária para que isso não acontecesse. Conseguiram contornar a situação graças ao controle político, mas a responsabilização criminal certamente será levada a ferro e fogo tão logo termine o governo. A coisa é diferente em matéria criminal”.

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