Siqueira descarta federação do PSB com o PT: ‘Assunto absolutamente encerrado’

A decisão, embora tomada, enfrenta resistência em setores da legenda, como do governador do Maranhão, Flávio Dino

Foto: Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação

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O presidente do PSB, Carlos Siqueira, descartou completamente nesta quarta-feira 23 a participação do seu partido na federação partidária que deve unir o PT, o PV e o PCdoB.

A decisão, embora tomada, enfrenta resistência em setores da legenda, como do governador do Maranhão, Flávio Dino.

“Federação é um assunto absolutamente encerrado para o PSB”, disse Siqueira em conversa com CartaCapital após o evento de filiação do ex-governador Geraldo Alckmin. “Estamos com as nossas chapas prontas e vamos seguir com a nossa autonomia sozinhos”.

O recado do dirigente partidário leva em conta, principalmente, as eleições em São Paulo, no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul, onde PT e PSB pretendem lançar candidatos aos governos. Se aprovada, a federação só poderá ter um candidato por estado.

Em São Paulo, o PT pretende lançar o ex-prefeito Fernando Haddad e o PSB defende a candidatura de Márcio França. No Espírito Santo, o senador Fabiano Contarato (PT) se lançou como pré-candidato. No entanto, o atual governador, Renato Casagrande (PSB), pretende disputar a reeleição. Já no Rio Grande do Sul, a disputa se dá entre Edegar Pretto (PT) e Beto Albuquerque (PSB).

Outra divergência ocorre no Rio de Janeiro. No estado, o PSB arquiteta a candidatura do deputado Marcelo Freixo e, nesse caso, o PT concorreria à vaga no Senado pela chapa. No entanto, o deputado Alessandro Molon, do PSB, pretende ocupar esse espaço.


Na terça-feira 22, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmannconfirmou o apoio a Freixo e reforçou que não endossará o nome de Molon na corrida para o Senado.

Recentemente, o ex-presidente Lula declarou que ainda não desistiu de contar com os socialistas. No evento de hoje, entretanto, Siqueira e Alckmin, cotado para ser vice na chapa com o petista, reforçaram os nomes dos candidatos do PSB aos governos estaduais.

“Embora já tenha uma decisão neste momento, há espaço para diálogo”, ponderou Dino a CartaCapital. Eu tenho insistido internamente nesse caminho. Temos o congresso em abril, quem sabe não revertemos essa decisão”.

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