Integrantes de centrais sindicais realizarão um protesto contra o aumento da inflação e da taxa de juros em frente ao edifício do Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo, às 10h de 14 de junho.
Os manifestantes pretendem levar dois carros de pipoca ao ato, com o argumento de que o governo está “pipocando” em solucionar os problemas da economia – o termo é associado à hesitação diante de algo que é de sua responsabilidade.
Na quinta-feira 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística deve divulgar o índice de inflação referente a maio. A prévia indicou desaceleração no último mês em relação a abril, mas aponta alta de 0,59%.
O dado deve servir de base para o Banco Central definir a nova taxa básica de juros em 15 de junho. A Selic está em 12,75%, a maior anunciada pela instituição nos últimos cinco anos.
Estão na organização do ato a Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores, a União Geral dos Trabalhadores, a Nova Central e a Central dos Trabalhadores do Brasil.
De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, são esperados entre 150 e 200 sindicalistas no protesto. Não haverá trajeto.
“Estamos fazendo protesto contra o aumento da taxa de juros, porque sentimos que isso afeta o consumo, prejudica as empresas e o comércio e gera desemprego”, afirmou o sindicalista, ouvido por CartaCapital. “O protesto também vai ser contra a alta do custo de vida. Parece que o governo pipoca nos problemas dos trabalhadores. É um governo pipoqueiro.”
Apesar de terem organizado uma série de atos em 2021, as centrais sindicais e os movimentos sociais ainda não conseguiram repetir aquelas mobilizações, cuja bandeira era o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em 2021, houve manifestações massivas em centenas de cidades brasileiras em 29 de maio, 19 de junho, 3 e 24 de julho, além de mobilizações em 7 de setembro e em 2 de outubro.
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