Política

Sete vereadores de São Paulo retiram apoio a CPI que mira Júlio Lancellotti

Beto do Social (PSDB), um dos desistentes, disse ‘estimar’ o religioso

Padre Júlio Lancellotti é conhecido por atuar em defesa da população em situação de rua. (Foto: Reprodução/Facebook)
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Mais dois vereadores de São Paulo anunciaram nesta sexta-feira 5 a retirada de apoio à abertura da CPI das ONGs na Câmara Municipal, que teria como principal alvo o Padre Julio Lancellotti.

Com as novas desistências, chega a sete o total de vereadores que recuaram de seu endosso à instalação do colegiado.

Milton Ferreira (Podemos) anunciou a retirada de sua assinatura em uma publicação nas redes sociais, sob o argumento de que o requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) não mencionava Lancellotti.

“Expresso meus sinceros votos de estima e consideração ao prezado Padre Júlio”, acrescentou.

O vereador Beto do Social (PSDB) também declinou do apoio à CPI das ONGs. Em nota, afirmou que o foco de investigação do colegiado foi desvirtuado.

“Sempre considerei a Igreja Católica e seus representantes como parceiros nos mais de 45 anos de trabalhos voltados à população carente da nossa cidade, com inúmeras ações sociais”, registrou.

Na quinta-feira 4, outros cinco vereadores reverteram o apoio à CPI: Sidney Cruz (Solidariedade), Nunes Peixeiro (MDB), Thammy Miranda (PL), Xexéu Tripoli (PSDB) e Sandra Tadeu (União Brasil).

O cenário pode afastar a possibilidade de a CPI ir a votação em plenário, já que, para isso, são necessárias pelo menos 28 assinaturas. De acordo com Rubinho Nunes, 25 vereadores haviam assinado o requerimento para a abertura da investigação no começo de dezembro.

Antes de ser votada, a proposta deve ser avaliada pelos integrantes do Colégio de Líderes, o que pode ocorrer na primeira semana de fevereiro, quando a Câmara Municipal voltará do recesso.

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