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Será impossível fiscalizar quarentena de viajantes, diz conselho de secretários de Saúde

‘Ao delegar tudo a estados e municípios, podemos ter inviabilizado a possibilidade de vigilância’, argumenta Carlos Lula, do Conass

Créditos: Reprodução Prefeitura de Jundiaí/ Via Fotógrafos PMJ Créditos: Reprodução Prefeitura de Jundiaí/ Via Fotógrafos PMJ
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O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula, classifica como “impossível na prática” a fiscalização da quarentena de viajantes que chegam ao Brasil sem apresentar o passaporte da vacina.

A edição desta quinta-feira 9 do Diário Oficial da União traz a determinação de que, a partir do próximo sábado 11, pessoas que entrarem no País por via aérea terão de fazer quarentena de cinco dias se não apresentarem o comprovante de imunização.

“Há uma diferença razoável entre o que se prevê numa norma e a realidade. Na prática, ao delegar tudo a estados e municípios, podemos ter inviabilizado a possibilidade de vigilância em tempo real dos não vacinados”, disse Lula ao portal G1.

Um dos obstáculos, avalia o presidente do Conass, é receber da Agência Nacional de Vigilância Sanitária a lista de passageiros que desembarcam no Brasil. “Temos relatos de estados recebendo em dezembro listas de passageiros de novembro.”

Segundo o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, a portaria do governo institui, na prática, o passaporte da vacina.

“É uma medida de reforço à segurança e à proteção sanitária que podemos ofertar à população”, disse Barra Torres à CNN Brasil. “Passa uma mensagem clara aos viajantes de que é até melhor vir vacinado, porque vindo vacinado não haverá necessidade de autoquarentena. Mas, como também acreditamos na modalidade voluntária da vacinação, temos que respeitar as questões que existem na não vacinação.”

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