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Senadores vão pressionar Aras e Lira a encaminharem ações contra Bolsonaro

A criação de um observatório visa ainda monitorar as ações do Ministério Público nos Estados contra os investigados sem foro

FOTO: WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO
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Senadores que integram a cúpula da CPI da Covid planejam criar um ‘observatório da pandemia’ após encerrar os trabalhos da comissão. O objetivo, conforme registra O Estado de S. Paulo, seria pressionar o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), a encaminharem ações contra Jair Bolsonaro.

A medida pretende impedir uma possível blindagem do PGR ao presidente. Aras já barrou ações que tratam de temas incluídos no pedido de indiciamento de Bolsonaro, como o não uso de máscaras e as aglomerações. Caso o procurador não encaminhe as acusações, senadores também devem levá-las a diretamente ao Supremo Tribunal Federal. A iniciativa é prevista quando há inércia do órgão que deveria fazer a denúncia.

O observatório também quer acompanhar o andamento da abertura do processo de impeachment na Câmara, já que foram imputados ao presidente dois crimes de responsabilidade, que podem resultar na cassação política do ex-capitão. O impedimento, no entanto, precisa do aval de Lira, que já tem mais de 100 pedidos com teor semelhantes engavetados desde que assumiu o cargo.

A criação do observatório, segundo apurou o jornal, deve monitorar as ações do Ministério Público nos Estados contra os investigados sem foro, como empresários e médicos. É o caso, por exemplo, de Luciano Hang, Carlos Wizard, e Nise Yamaguchi, incluídos na lista final de pedidos de indiciamento.

Ao todo, o relatório final, que ainda será votado no dia 26 de outubro, pediu o indiciamento de 66 pessoas e duas empresas. Foram identificados, segundo o documento, 20 tipos penais de supostos crimes cometidos pelos 68 acusados.

Na lista estão, além do presidente, seus três filhos; os ministros Marcelo Queiroga, Onyx Lorenzoni e Walter Braga Netto; o ex-ministro Eduardo Pazuello; e dezenas de outros integrantes e ex-integrantes do alto escalão do governo federal. Empresários e médicos do gabinete paralelo também constam no pedido de indiciamento, além de blogueiros e jornalistas responsáveis por espalharem fake news sobre a pandemia. O observatório pretende acompanhar as ações que serão tomadas contra os acusados.

 

(Com informações da Agência Estadão Conteúdo)

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