Política

‘Se quer ser presidente, se candidate, ou seja vice do Lula, diz Bolsonaro a Barroso

O presidente subiu o tom e apelou para a pauta moral dizendo que presidente do TSE é favorável à pedofilia, ao estupro e às drogas

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O presidente Jair Bolsonaro partiu novamente para o ataque contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, nesta quinta-feira 5.

Em entrevista à rádio evangélica 93 FM do Rio de Janeiro, o mandatário desafiou o magistrado a se aliar a Lula para disputar as eleições de 2022.

“As bandeiras do Barroso é o aborto, é a legalização das drogas, é a diminuição da idade de estupro de vulneráveis. É um homem também que não tem religião, ele fala em ciência, mas se consulta com João de Deus. Essa é a pessoa que nós temos dentro do Supremo Tribunal Federal e se aflora agora como dono do Brasil”, acusou Bolsonaro.

Em seguida acrescentou: “Se ele quer ser presidente, se candidate, afinal de contas, se ele tem um amor eterno pelo Lula, podia ser vice do Lula. Ou quem sabe convidar o Lula para ser vice dele”.

Bolsonaro também afirmou que, sem o voto impresso, o resultado das eleições de 2022 já está definido por Barroso, que deve eleger Lula como presidente.

“Não queremos a possibilidade grande de ter uma eleição de carta marcada para eleger o ídolo do Barroso que é o senhor Luiz Inácio Lula da Silva”, destacou.

Contra Barroso, o presidente apelou ao menos duas vezes para a pauta moral, acusando o ministro de ser favorável a liberação de drogas, pedofilia e estupro de vulneráveis no Brasil.

Na entrevista, Bolsonaro direcionou ataques a Alexandre de Moraes, também ministro do STF. O magistrado incluiu o presidente no Inquérito das Fake News. O mandatário chamou Moraes de um ‘ministro ditador’.

“Muitos têm medo de criticar o Supremo, porque não só ele, como Alexandre de Moraes, tem tomado medidas que fogem ao mínimo de razoabilidade. Ele acusa todo mundo de tudo, botam como réu no seu inquérito, sem qualquer base jurídica, para fazer ações intimidatórias”, afirmou. “Não dá para continuar com um ministro arbitrário, ditatorial, que não respeita a democracia e que não leu a Constituição”, acrescentou.

Bolsonaro diz ser difícil aprovar CPI das urnas eletrônicas: ‘Não sei se vai’

Antes mesmo do pedido de abertura da CPI das urnas eletrônicas ser protocolado, o presidente Jair Bolsonaro admite que ele pode não ser aprovado por falta de votos. O pedido de abertura da Comissão de Inquérito foi anunciado por Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do presidente.

“A CPI precisa de 170 assinaturas É um terço da Câmara dos Deputados. Não sei se vai, porque não é fácil colher essas assinaturas, pois muita gente não quer se comprometer com nada”, admitiu o presidente.

Na entrevista, o presidente disse ainda acreditar que a proposta de voto impresso tenha êxito na Câmara e prometeu participar de atos de rua para pressionar o Supremo.

“Há a possibilidade de nos reunirmos em São Paulo para gente fazer ‘um apelo a mais’ para o Tribunal Superior Eleitoral e o ministro Barroso. O povo tem que ser ouvido. Nós não queremos problemas ano que vem”, destacou.

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