CartaExpressa
Sâmia Bomfim retorna às atividades na Câmara após licença médica por assassinato do irmão
A equipe da deputada informou à reportagem que a retomada dos trabalhos acontecerá de forma gradual
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) retomou as atividades no Congresso Nacional, após um mês de licença médica, nesta segunda-feira 27. A parlamentar havia interrompido os trabalhos depois que seu irmão, o médico Diego Bomfim, foi assassinado a tiros no Rio de Janeiro.
O retorno foi marcado pela participação na audiência da Comissão de Administração e Serviço Público com o tema Luta dos servidores contra a reforma administrativa. A reunião foi organizada pela própria deputada, em conjunto com a colega de partido Fernanda Melchionna (RS).
A assessoria de imprensa de Sâmia informou à reportagem que a retomada dos trabalhos na Câmara acontecerá de forma gradual.
Em 24 de outubro, a equipe da deputada anunciou que ela tiraria licença médica por tempo indeterminado. A decisão foi tomada três semanas após a morte do irmão.
Diego Bomfim, de 35 anos, e outros dois médicos estavam em um quiosque da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, quando foram alvejados por criminosos. As investigações da Polícia Civil apontam que os médicos foram mortos por engano.
Os três estavam na capital fluminense para participar de um congresso internacional de ortopedia. Imagens de câmeras de segurança mostram que os responsáveis pelos disparos estavam vestidos de preto e chegaram de carro ao quiosque por volta da 1h. Eles estacionaram o veículo do outro lado da rua, desceram do automóvel e atiraram.
A ação durou menos de um minuto. Menos de 12 horas depois do crime, a polícia encontrou os corpos dos quatro suspeitos de participação nos assassinatos dos médicos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
PGR defende arquivamento de queixa-crime de Sâmia contra Zucco por difamação
Por CartaCapital
Lula pede ao Congresso que BNDES voltar a financiar obras no exterior
Por CartaCapital



