Economia
Renúncias/ Um santo coberto, outro despido
Ao aprovar redução do ICMS sobre os combustíveis, o Senado deixa os governadores de pires na mão
O Senado aprovou, na segunda-feira 13, o projeto de lei complementar que estabelece um teto de 17% para as alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público. A proposta, que retorna à Câmara, prevê uma compensação aos estados com o abatimento de dívidas com a União, quando a perda de arrecadação passar de 5%. Os governos não endividados, por sua vez, terão prioridade para contratar empréstimos avalizados pela União.
O resultado é uma amarga derrota para os governadores, que buscaram mudanças mais profundas no texto vindo da Câmara. O ICMS é a principal fonte de receita dos estados e os impactos na arrecadação podem prejudicar a prestação de serviços essenciais à população, como saúde e educação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.