Relator do Marco Temporal no Senado mantém o texto da Câmara para evitar nova votação

Marcos Rogério (PL-RO) quer a votação do projeto na CCJ no dia em que o STF retomará julgamento sobre o tema

O senador Marcos Rogério. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

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O senador Marcos Rogério (PL-RO) apresentou nesta quarta-feira 13 seu relatório sobre o projeto de lei do Marco Temporal, formulado para dificultar a demarcação de terras indígenas no Brasil.

Com as mudanças em discussão na Casa Alta, a demarcação ficaria restrita às terras já tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da atual Constituição Federal.

Aprovado pela Câmara em maio, o PL do Marco Temporal recebeu aval da Comissão de Agricultura do Senado e agora avança para ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça. Na sequência, a matéria poderá chegar ao plenário.

Com a manutenção do texto aprovado pela Câmara, Marcos Rogério evita que o projeto, caso seja avalizado pelo Senado, tenha de passar por uma nova votação entre os deputados. A tendência é que o PL vá a votação na CCJ na próxima quarta-feira 20, dia em que o Supremo Tribunal Federal deve retomar o julgamento sobre a validade da tese do Marco Temporal.

Na Corte, o placar parcial é de 4 votos a 2 contra a legalidade do marco. Votaram por rejeitar a tese:

  • Edson Fachin;
  • Alexandre de Moraes;
  • Cristiano Zanin; e
  • Luís Roberto Barroso.

Já se manifestaram a favor da aplicação do Marco Temporal:


  • Kassio Nunes Marques; e
  • André Mendonça.

Restam os votos de cinco ministros.

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