O brutal assassinato da ialorixá Bernadete Pacífico, líder quilombola da comunidade Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, região metropolitana de Salvador, coroa a condição de insegurança pela qual os baianos são submetidos e consolida a Bahia como o estado mais violento do Brasil, conforme revelado, em julho, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em seu Anuário, a mapear a violência no País. Mãe Bernadete, como era conhecida, foi executada na quinta-feira 17 com 14 tiros dos mais de 20 disparados pelos assassinos, que até a conclusão desta reportagem não haviam sido identificados. O motivo do crime continua um mistério.
A principal linha de investigação aponta para uma disputa de terra, uma vez que a área do quilombo desperta cobiça de ruralistas, interessados tanto na exploração de madeira quanto no mercado imobiliário. A ialorixá vinha recebendo ameaças de morte há seis anos e, depois do assassinato do seu filho Gabriel, outra respeitada liderança quilombola, foi incluída no Programa de Proteção de Testemunha. O crime está sendo investigado, sob sigilo, tanto pela Polícia Civil da Bahia quanto pela Polícia Federal.
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