Política

Quaest: a 4 dias da eleição, Lula amplia para 13 pontos a vantagem sobre Bolsonaro

Pesquisa mostra que o ex-presidente tem 50,5% dos votos válidos e pode vencer o pleito já no primeiro turno

Fotos: Ricardo Stuckert e MIGUEL SCHINCARIOL / AFP
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A apenas 4 dias do primeiro turno, o ex-presidente Lula (PT) conseguiu ampliar para 13 pontos a sua vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL). Os dados são da nova rodada da pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira 28. Ao todo o petista reúne 46% das intenções, ante 33% do ex-capitão. Há ainda 6% em favor de Ciro Gomes (PDT) e 5% de Simone Tebet (MDB).

O aumento da vantagem de Lula sobre Bolsonaro foi puxado pela oscilação positiva de 2 pontos percentuais para o petista em relação ao levantamento anterior. No mesmo período, Bolsonaro variou um ponto para baixo. A explicação para a oscilação, segundo o pesquisador Felipe Nunes, CEO da Quaest, é a melhora de Lula entre os eleitores do Nordeste e das camadas mais pobres, além da estagnação de Bolsonaro entre os evangélicos.

Os dados reforçam ainda as indicações de que Lula pode vencer já no primeiro turno. Em votos válidos, segundo a pesquisa, Lula tem 50,5% e Bolsonaro apenas 36,3%. O resultado desta quarta estaria, portanto, na margem de erro para que o petista seja eleito já na primeira etapa do pleito, marcada para este domingo.

“Como Lula já tem, na margem de erro da pesquisa, vantagem matemática para vencer a eleição no primeiro turno, o voto útil pode ampliar essa possibilidade”, comenta Nunes. “Entre eleitores de Ciro, Tebet e outros candidatos, 24% mudariam o voto para Lula vencer no 1º turno”, destaca então o pesquisador.

A pesquisa indica que, com a possível migração de 27% dos votos de Ciro e 30% de Simone para Lula, o petista pode terminar o domingo com pouco mais de 53% dos votos válidos.

Segundo turno

Caso seja necessário um segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 52% a 38%, de acordo com os dados da pesquisa Quaest desta quarta-feira. Neste cenário, eleitores de Ciro e Tebet também ajudam o ex-presidente. Segundo a pesquisa, são eles os maiores defensores de alianças entre os dois políticos com Lula em caso de disputa direta contra o ex-capitão. Marcam essa opção 50% dos apoiadores do pedetista e 45% no caso da senadora.

Rejeição

A pesquisa ainda mostra que, além da vantagem eleitoral, Lula conseguiu reduzir sua rejeição nas últimas semanas. Ele tinha, há apenas 15 dias, 47% de indicações de ‘não voto de jeito nenhum’. Atualmente o grupo é de 44%. Bolsonaro, por sua vez, aumentou seu índice de rejeição neste mesmo período, que passou de 52% para 55%.

Para chegar aos resultados, a Quaest ouviu presencialmente 2 mil eleitores entre os dias 24 e 27 de setembro. O levantamento foi contratado pela consultoria de investimentos Genial, tem margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. No Tribunal Superior Eleitoral, a pesquisa está registrada como BR-04371/22.

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