Política

Lula: ‘Há uma movimentação na sociedade que talvez nos permita ganhar no 1º turno’

O ex-presidente celebrou aliança com parte da direita em reunião com personalidades da sociedade civil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante evento com personalidades da sociedade civil em São Paulo. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que deseja vencer a eleição no primeiro turno, durante evento com personalidades da sociedade civil nesta terça-feira 27.

A declaração ocorre após mais uma pesquisa apontar chances reais de triunfo do petista em 2 de outubro. Segundo um levantamento Ipec divulgado na segunda 26, Lula tem 52% dos votos válidos.

“Todas as eleições que eu disputei eu quis ganhar no primeiro turno. Eu nunca disputei para disputar o segundo turno. E eu acho que desta vez eu também quero ganhar no primeiro turno“, declarou o ex-presidente.

Na sequência, Lula disse ver possibilidades de ganhar a disputa sem precisar da segunda rodada.

“Acho que há chance para ganhar no primeiro turno. Há uma movimentação na sociedade que talvez nos permita sonhar em ganhar no primeiro turno“, afirmou. “Se não ganharmos, vamos nos preparar para o segundo turno.”

O evento teve a participação de representantes de diferentes forças políticas. Entre os convidados, estavam: Luiz Gonzaga Belluzzo, economista e membro do conselho editorial de CartaCapital; Celso Amorim, ex-chanceler do governo Lula; José Carlos Dias, Aloysio Nunes e Claudia Costin, ex-ministros de FHC; e Pedro Tobias, ex-presidente do PSDB de São Paulo.

Na agenda, Lula celebrou a sua aliança a Geraldo Alckmin (PSB) e relembrou momentos em que o PT se aliou ao PSDB no estado de São Paulo.

“Quando a gente foi inteligente, quando a gente soube se juntar, a gente ganhou as coisas. Quando a gente se dividiu, a gente perdeu”, afirmou o petista. “Mas eu nunca encarei o PSDB como inimigo. Sempre foi um adversário conjuntural em época de eleição.”

Lula também afirmou que “nós vamos ganhar do Bolsonaro, mas o bolsonarismo vai continuar existindo, e nós precisamos derrotá-los”.

“Derrotá-los no debate político, na discussão sadia, para que a sociedade não consiga entender que o País possa ter gente do naipe deles governando ou fazendo política.”

O ex-presidente mencionou, ainda, algumas ideias para as suas políticas econômicas e rechaçou o Teto de Gastos estabelecido no governo de Michel Temer (MDB), após a derrubada de Dilma Rousseff (PT).

“Quero que todo mundo saiba. Eu sou contra o Teto de Gastos. E sou contra por uma única razão: o Teto de Gastos foi o aprisionamento que o sistema financeiro fez do governo. Porque, na verdade, quem tem responsabilidade não precisa de Teto de Gastos.”

Lula deve passar os próximos dois dias em preparação para o debate na TV Globo, a ocorrer na quinta-feira 29. O período de campanha eleitoral acaba na mesma data, mas os candidatos ainda podem realizar algumas ações no dia seguinte, com restrições previstas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo