Editorial
QI em baixa
De súbito, o governo se dispõe a uma faxina profunda e um raio de sol ilumina o cenário
Só falta saírem os ratos do bueiro da capa, a começar pelas ratazanas da política e os figurões da casa-grande, sem esquecer dos frequentadores das redes sociais, na emissão e na recepção. Enfim, os responsáveis pelo atraso brasileiro cada vez mais escancarado à luz de qualquer análise desabrida e honesta. O tempo galopa e os dados, os números do retrocesso, apontam inexoravelmente para a desgraça, a fermentar de um tempo a outro.
Somos o segundo país mais desigual do mundo, de acordo com um estudo do Banco Mundial, e ainda o segundo, ao sabor do mesmo enfoque, de um relatório publicado pelas Nações Unidas em 2019. No primeiro caso, somos ultrapassados apenas pela África do Sul, país do Apartheid e, no outro, pelo Catar, campeão mundial em concentração de renda. Para a turba dos xeques médio-orientais também perdemos no confronto: 1% da população brasileira concentra 28,3% da renda total do País, enquanto, por lá, o 1% privilegiado embolsa 29% da renda.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
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