Política

PT vai ao Conselho de Ética contra deputado que sacou arma em vídeo e disse ‘esperar’ Lula

‘As ações do representado, além de criminosas, configuram verdadeiras exortações de ódio aos adversários políticos reais e/ou imaginários’, argumenta o partido

Foto: Reprodução
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O PT acionou o Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Junio Amaral (PL-MG), que publicou um vídeo nas redes sociais em que segura uma arma e se diz pronto para receber o ex-presidente Lula (PT).

Na gravação, Amaral exibe o trecho de um discurso de Lula durante evento da Central Única dos Trabalhadores, em São Paulo, na última segunda 4. Na ocasião, o petista afirmou que atos em frente ao Congresso Nacional “não movem uma pestana de um deputado” e sugeriu outras formas de pressionar os parlamentares, como manifestações próximas às residências deles.

Em resposta, Amaral afirmou morar em Contagem (MG) e forneceu supostas direções até a sua casa. Na sequência, enquanto finalizava a declaração, sacou uma arma e inseriu um cartucho de munição. “Eu vou esperar vocês lá, tanto a sua turma, como você. Vá lá conversar com a minha esposa, a minha filha. Vocês serão muito bem-vindos. Até lá.”

Segundo a representação do PT, assinada pelo deputado Rogério Correia (MG), pela presidenta do partido, Gleisi Hoffmann, e pelo líder na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), a reação do correligionário de Jair Bolsonaro foi “desproporcional, autoritária, odiosa, totalmente incompatível com o que se espera de um deputado federal”. Por isso, justifica-se a abertura de processo ético-disciplinar por quebra de decoro parlamentar, na avaliação dos petistas.

“As ações do representado, além de criminosas, configuram verdadeiras exortações de ódio aos adversários políticos reais e/ou imaginários, o que não pode ser admitido”, acrescentou o PT. A sigla atribui a Junio Amaral a prática de três crimes: ameaça, incitação ao crime e apologia de crime ou criminoso.

O PT defendeu, por fim, a declaração de Lula, que “apenas reforçou os mecanismos democráticos de que podem dispor os trabalhadores e cidadãos brasileiros, na perspectiva de buscar, junto aos representantes populares – que devem prestar contas de suas ações a seus eleitores – um canal de diálogo mais próximo e que permita, sem intermediários, apresentar as variadas e necessárias demandas trabalhistas, sociais e políticas, muitas vezes deixadas de lado pelo Parlamento”.

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