A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, estipulou, nesta segunda-feira 10, um prazo até o fim de janeiro para resolver todos os ‘entraves regionais’ que ainda emperram a formação da federação partidária com o PSB para as eleições de outubro. O prazo foi estipulado pela parlamentar em conversa com o jornal Folha de S. Paulo.
A última rodada de negociações entre os líderes partidários do PT e do PSB frustrou as expectativas de quem esperava uma definição da aliança ainda em 2021. Na conversa, Carlos Siqueira (PSB) e Gleisi não chegaram a um acordo pelas candidaturas ao governo de São Paulo e Pernambuco.
No Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo os apoios ainda estão indefinidos, mas com maiores chances de acerto, segundo a própria presidente do PT indicou ao jornal.
“Vamos reunir o pessoal e começar com esses estados mais complicados”, afirmou Gleisi. A deputada também destacou que ‘não irá fazer cavalo de batalha’ em Pernambuco, mas acredita que o petista Humberto Costa teria legitimidade para ser o candidato da federação no estado, uma vez que o PSB ainda não tem um nome para apresentar em seu lugar.
Ao que tudo indica, portanto, São Paulo será o maior entrave para definir a aliança entre as duas siglas. O PT quer Fernando Haddad como candidato no estado, enquanto o PSB vê em Márcio França as maiores chances de vitória. As pesquisas indicam vantagem do petista nas intenções de voto.
Gleisi, porém, garante que as conversas seguem em aberto: “o PT de SP está muito firme na defesa dele [Haddad]. Mas isso é um processo…”.
Da aliança entre PSB e PT poderá sair a chapa presidencial entre Lula e Geraldo Alckmin. Dirigentes partidários garantem que o acerto entre os dois políticos não depende exclusivamente de acertos locais, mas veem a definição dos palanques estaduais como um facilitador.
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