CartaExpressa

Quem é a favor e quem ainda resiste à união entre PSB e PT em uma federação partidária

Em defesa da união, os que apoiam a ideia no PSB lembram que duas consultas foram feitas para que a posição fosse reforçada

Lula (PT) e Dino (PSB). Foto: Ricardo Stuckert
Apoie Siga-nos no

A maioria dos integrantes do PSB é a favor de que o partido forme uma federação com outros partidos de esquerda, como o PT, o PCdoB e o PV.

Em defesa da união, os que apoiam a ideia lembram que duas consultas foram feitas para que a posição fosse reforçada.

A primeira foi com deputados federais do partido. “Em reunião antes do recesso parlamentar, com a presença de 25 integrantes da bancada, 24 se posicionaram favoravelmente à proposta”, lembra o líder da sigla na Câmara, Danilo Cabral, em conversa com CartaCapital nesta terça-feira 4.

“A direção nacional também consultou os diretórios estaduais. Neste caso, dos 26 presidentes estaduais, 21 foram favoráveis à mesma federação”, acrescenta o deputado.

Apesar da posição majoritária, há resistências no partido. O presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, em entrevista recente, ressaltou a complexidade das tratativas.

“Em primeiro lugar, nós não vamos fazer federação com ninguém, principalmente com o PT, antes de ter um acordo geral sobre os apoios que nós precisamos do PT. Em segundo lugar, a rigor, nós não precisamos de federação alguma para disputar as eleições”, disse Siqueira em entrevista à Rádio CBN no fim de dezembro.

Na conversa, o dirigente partidário ainda afirmou que as conversas em estágio mais avançado envolvem PCdoB e PV.

“Aliança pressupõe acordo entre partes e temos disposição para fazer esse acordo, mas isso pressupõe a reciprocidade de ambos os lados. Há muitos meses colocamos para o PT as demandas do PSB e até agora não tivemos resposta sobre nenhuma delas”, declarou.

Já em entrevista ao jornal O Globo nesta quarta, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que é secretário-geral do PSB, disse ser contra o partido integrar uma federação com outras legendas, pois o acordo poderia “acomodar” os dirigentes do partido.

Por outro lado, o governador do Maranhão, Flávio Dino, publicou em uma rede social que “quando os partidos progressistas se unem, o Brasil avança e a vida do povo melhora”.

“Por isso, defendo que o nosso PSB caminhe junto com o PT, PCdoB e outros partidos aliados, o que depende de perseverança, diálogo e concessões recíprocas”, escreveu.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar