Política

PT avalia que aliança com Kalil em Minas aumenta chance de Lula vencer no 1º turno

Com o acordo, os petistas escolherão o candidato a vice na chapa para o governo do estado e o primeiro suplente para o Senado

PT avalia que aliança com Kalil em Minas aumenta chance de Lula vencer no 1º turno
PT avalia que aliança com Kalil em Minas aumenta chance de Lula vencer no 1º turno
O pré-candidato a governador de Minas Gerais pelo PSD, Alexandre Kalil, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Fotos: Divulgação e Ricardo Stuckert
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A confirmação da aliança do PT com o PSD em Minas Gerais é tratada como uma vitória pelos petistas, que veem na união o aumento das chances do ex-presidente Lula ser eleito no primeiro turno na eleição de outubro deste ano.

A resistência de parte da bancada do PSD, que preferia apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e, em certa medida, o atual governador Romeu Zema (Novo), foi superada em um acordo entre Lula e Gilberto Kassab, presidente nacional da legenda.

CartaCapital apurou que, nas últimas negociações, o impasse deixou de ser a busca por uma candidatura única ao Senado. As divergências se encontravam na oposição de deputados do PSD à união entre as legendas.

Com a aliança fechada, Lula terá o palanque do pré-candidato do PSD ao governo do estado, Alexandre Kalil, para fazer a sua campanha. Os petistas, que insistiam em lançar o deputado federal Reginaldo Lopes para o Senado, recuaram e aceitaram o nome de Alexandre Silveira (PSD), que busca a reeleição.

O acordo determina que o PT escolherá o candidato a vice na chapa de Kalil e o primeiro suplente de Silveira, caso ele consiga ser reeleito. Até o momento, os nomes que despontam para o cargo de vice são o do próprio Reginaldo Lopes e de André Quintão.

Além de Lula e Kassab, o sucesso do acordo deve-se a Kalil, que reiterou a importância da aliança para a eleição estadual. Pesquisa da Quaest, divulgada na segunda-feira 16, mostrou que o ex-prefeito de Belo Horizonte lidera a disputa quando apoiado pelo ex-presidente.

De acordo com o levantamento, ao ter seu nome associado ao ex-presidente, Kalil cresce 13 pontos, partindo de 30% para 43% das intenções de voto. Já Zema, quando tem seu nome vinculado ao de Luiz Felipe D’avila (Novo), perde 19 pontos percentuais, o que derruba suas indicações de voto de 41% para 22%.

“O melhor cabo eleitoral em Minas neste momento é o ex-presidente Lula. Seu apoio faz com que 30% dos eleitores mudem de voto”, avaliou Felipe Nunes, cientista político e diretor da Quaest.

O PT, que não descartava abrir diálogo com Zema caso não fechasse com Kalil, agora admite que uma aliança com o atual governador seria muito improvável.  “É um governo que não tem uma entrega. Zema falou muito e não fez nada, é muito fácil de desconstruir”, afirmou o deputado Paulo Guedes (PT-MG) nesta terça-feira 17 a CartaCapital.

A negociação com o PSD era prioridade para o PT, já que Minas é o segundo maior colégio eleitoral do País. Desde 1989, o presidente eleito é o que leva mais votos no estado. Com o martelo batido, as legendas vão se debruçar nos próximos dias em 13 pontos de convergência para um programa de governo que possibilite o anúncio oficial da aliança.

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