Política
Projeto de Lula prevê até 40 anos de prisão para quem atentar contra o presidente ou ministros do STF
A medida faz parte do chamado ‘Pacote da Democracia’, anunciado pelo governo nesta sexta-feira 21
Além de anunciar uma série de medidas voltadas à segurança pública nesta sexta-feira 21, o presidente Lula apresentou dois projetos de lei como parte do chamado Pacote da Democracia. As iniciativas foram divulgadas em uma cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Um dos PLs aumenta as penas por crimes cometidos contra o Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado.
Confira as punições previstas:
- De 6 a 12 anos para quem organizar ou liderar movimentos antidemocráticos;
- De 8 a 20 anos para quem financiar movimentos antidemocráticos;
- De 6 a 12 anos, mais pena correspondente à violência, para crimes que atentem contra a
integridade física e a liberdade do presidente da República, do vice-presidente, do presidente do Senado, do presidente da Câmara, dos ministros do STF e do procurador-geral da República, com fim de alterar a ordem
constitucional democrática; - De 20 a 40 anos para crimes que atentem contra a vida das autoridades citadas acima, com fim de alterar a ordem constitucional democrática.
Crime cometido por funcionário público levará à perda automática do cargo ou do mandato eletivo.
Segundo o governo, os atos golpistas de 8 de Janeiro atestam que o tratamento penal aos crimes contra o Estado Democrático de Direito precisa ser mais severo. Outro argumento é que o PL pode funcionar também em caráter preventivo, “reforçando seu poder intimidativo sobre os destinatários da norma”.
O segundo projeto de lei apresentado autoriza a apreensão de bens e o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros em casos de crimes contra o Estado Democrático de Direito.
A justificativa é a necessidade de “fortalecer os instrumentos jurídicos disponíveis para ação dos danos derivados dos crimes contra a soberania nacional, contra as instituições democráticas, contra o funcionamento das instituições democráticas no processo eleitoral e contra o funcionamento dos serviços essencia”.
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