Economia
Programa para reduzir os preços de carros é de curto prazo, diz Haddad
‘Estou falando de um programa que vai durar de três a quatro meses, não de uma coisa estrutural’, explicou o ministro da Fazenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira 26 que a medida anunciada pelo governo para reduzir os preços de carros é de curto prazo. Ele também contestou cálculos de que o programa custaria cerca de 8 bilhões de reais em isenções fiscais.
“Estou falando de um programa que vai durar de três a quatro meses, não de uma coisa estrutural, mas que pode segurar o fechamento de plantas nessa transição”, disse o petista à GloboNews. “Você segura a onda no momento em que está difícil para o setor.”
Haddad também disse acreditar na redução da taxa de juros em breve e avaliou que o programa sobre automóveis funcionaria como uma espécie de transição até se concretizar a queda da Selic.
“Temos certeza de que vamos retomar o financiamento com o ciclo de queda dos juros. O programa não custará nem um quarto desses 8 bilhões de reais em isenções. Caiu a produção industrial brasileira em um espaço muito curto de tempo. Se o governo não tiver uma atenção nesse espaço de tempo, ficará difícil.”
O governo federal trabalha com um prazo de 15 dias para a implementação de uma medida provisória, elaborada no Ministério da Fazenda, para reduzir tributos sobre carros de até 120 mil reais.
A estimativa foi mencionada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin na quinta-feira 25, ao anunciar cortes no Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, e no PIS/Cofins. As faixas de redução ainda não foram divulgadas, mas há uma perspectiva de queda entre 1,5% e 10,98% no preço final.
Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a Anfavea, há possibilidade de que os preços de carros populares cheguem a menos de 60 mil reais no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.