Política

Presidente tucano diz torcer para Alckmin não ‘limpar história do PT’

Uma chapa entre Lula e Alckmin em 2022 ganhou força nas últimas semanas

O presidente do PSDB, Bruno Araújo. Foto: Divulgação
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O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou ontem que torce para que o ex-governador Geraldo Alckmin não faça parte da candidatura petista encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência em 2022. “Espero e torço para que ele não utilize seu nome para tentar limpar a história do PT”, disse Araújo, que já vê Alckmin fora do partido.

Comandante de uma sigla que enfrentou um caótico processo de eleição prévia para decidir o candidato a presidente no próximo ano, Araújo defendeu, em entrevista ao Amarelas On Air, programa de entrevista da revista Veja, a união de uma campanha convergente entre as figuras do centro democrático que buscam espaço entre a terceira via.

Para ele, uma candidatura de centro seria “extremamente poderosa para chegar ao segundo turno”. Araújo apontou o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, como “um bom nome” para vice na candidatura presidencial tucana.

Convergência

Apesar de defender uma convergência entre candidatos da terceira via – com a exceção de Ciro Gomes – o presidente do PSDB diz que caberá ao vencedor das prévias, o governador de São Paulo, João Doria, definir se será preciso que seja aberta a candidatura em preferência de um nome mais competitivo.

Na mesma entrevista, Araújo negou ter proposto uma espécie de prévia para a terceira via, e também ironizou os ataques do tucano mineiro Aécio Neves, que apoiou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, derrotado pelo governador paulista nas prévias. “Sou apenas um dos nomes da lista de críticas do deputado”, disse. “Eu, João Doria, Geraldo Alckmin, Luiz Inácio Lula da Silva, Deus e o mundo.”

Araújo indicou que poderá haver uma depuração natural dos parlamentares do PSDB que votaram em consonância com as principais pautas bolsonaristas no Congresso Nacional por uma decisão da executiva. Ele disse acreditar que o processo se dará pela “natureza das coisas e dos prazos políticos”.

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