Política

Presidente do PSOL: Apoio do PT em 2024 não é contrapartida para saída de Boulos da disputa em 2022

‘A gente tem uma eleição muito mais dura para enfrentar em 2022’, afirmou Juliano Medeiros a CartaCapital

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O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou nesta terça-feira 5 que a retirada da candidatura de Guilherme Boulos ao governo de São Paulo não está necessariamente ligada a um apoio do PT ao líder do MTST na eleição para a Prefeitura da capital paulista em 2024.

No final de março, o ex-presidente Lula disse que o psolista deve receber o apoio do PT daqui a dois anos. Em 2022, Boulos buscará uma vaga na Câmara dos Deputados.

“Não há nenhuma negociação em relação a 2024. A gente tem uma eleição muito mais dura para enfrentar em 2022”, disse Medeiros em entrevista ao canal de CartaCapital no YouTube. Ele elogiou a decisão de Boulos de abdicar da disputa estadual a fim de “construir a unidade das esquerdas em São Paulo”.

“Não me espanta que Lula e Haddad reconheçam nesse gesto generosidade e grandeza e sinalizem que ele qualifica Boulos a ser o candidato da unidade das esquerdas à Prefeitura de São Paulo em 2024.”

Juliano Medeiros declarou ainda que as prioridades do PSOL neste ano são eleger Boulos à Câmara dos Deputados e ampliar a bancada do partido na Casa – hoje, a sigla conta com 8 representantes. Em São Paulo, o presidente do PSOL defende a unidade em torno de Fernando Haddad para evitar “o retrocesso” que significaria uma vitória de Tarcísio de Freitas, o pré-candidato bolsonarista ao Palácio dos Bandeirantes.

“Haddad é um homem íntegro, com boas ideias, que tem demonstrado capacidade de diálogo”, prosseguiu Medeiros. “Mas essa decisão cabe ao PSOL de São Paulo, não haverá intervenção da direção nacional.”

Haddad lidera com folga todos os cenários eleitorais de primeiro turno para o governo paulista, de acordo com levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado na última segunda-feira 4. O petista tem 30,2% das intenções de voto no principal desenho. Em segundo lugar, aparece o ex-governador Márcio França, com 17,1%. Tarcísio, em terceiro, soma 12,6%.

Assista à íntegra da entrevista:

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