Política
Polícia realiza busca e apreensão na casa da mãe de Aécio Neves
Operação investiga esquema milionário de compra de apoio político em troca de vantagens para o grupo J&F


Três imóveis do senador Aécio Neves foram alvo de operações de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira 20, em Belo Horizonte. Os imóveis incluem a residência da mãe de Aécio, a sede de uma empresa de comunicação que pertenceria à irmã dele, Andrea Neves e a casa de seu primo Frederico Pacheco. A operação visa coletar evidências que liguem o político do PSDB à uma investigação sobre corrupção passiva.
As medidas fazem parte da segunda fase da operação Ross, que investiga vantagens indevidas recebidas pelo grupo J&F entre 2014 e 17, em troca de pagamentos de até 128 milhões de reais ao senador. A verba teria financiado parte de sua campanha presidencial em 2014.
As investigações da Polícia Federal indicam que Aécio teria liderado uma associação criminosa com o objetivo de comprar apoio político naquele pleito. A entidade afirma que o Grupo J&F, dos irmãos Batista, teria pago propinas para Aécio e seu partido, o PSDB, além de outras legendas, como o Solidariedade, PTB e DEM.
➤ Leia também: Suspeita de propina de 110 milhões de reais recoloca Aécio na mira
O nome da operação é uma homenagem ao explorador britânico John Ross, famoso por suas expedição ao Ártico e faz referência à notas frias que teriam sido utilizadas no esquema.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.