O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou que o plano para enforcar em praça pública o ministro Alexandre de Moraes tinha como pano de fundo o objetivo de tirá-lo da condução dos inquéritos relacionados aos atos golpistas do 8 de Janeiro, em andamento no Supremo Tribunal Federal.
“Havia um movimento para, em primeiro lugar, impedi-lo de atuar no processo e, na sequência, para sequestrá-lo e matá-lo da forma mais brutal que se pode imaginar”, disse Rodrigues, em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira 9. “Isso demonstra a gravidade do caso. Eram criminosos que praticaram atos terroristas e merecem repulsa e punição dura“.
Na última semana, Rodrigues havia prometido identificar em breve os autores do plano golpista com base em mensagens de WhatsApp apreendidas ao longo das investigações.
A existência de ao menos três planos contra Moraes foi revelado pelo próprio magistrado em entrevista ao jornal O Globo.
Um deles previa o sequestro do ministro; outro envolvia o assassinato e desova do corpo em Goiás; já um terceiro, feito por um golpista mais exaltado, tratava do seu enforcamento na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral, foi um dos principais alvos da turba enfurecida que depredou a capital federal.
Os atos golpistas completaram um ano na última segunda-feira, mas ainda não ocorreram denúncias ou prisões de envolvidos na emboscada.
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