Política

PL planeja viagens e motociatas de Bolsonaro com foco em 2024

A agenda começou a ser desenhada durante reunião entre Valdemar Costa Neto e o ex-presidente nesta quarta-feira 5

Foto: EVARISTO SA/AFP
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Após três meses em Orlando, nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro (PL) começou a discutir seu retorno à atividade política no Brasil e definiu que fará ao menos duas viagens por mês, segundo aliados relataram a CartaCapital.

O ex-presidente disse a parlamentares, no evento de recepção na sede do PL, que gostaria de retomar as ‘motociatas’, como ficaram conhecidas as ocasiões em que Bolsonaro reunia apoiadores para passeios de moto durante seu período na Presidência.

A agenda de viagens começou a ser desenhada durante uma reunião entre o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Bolsonaro e o líder do partido na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), nesta quarta-feira 5. O encontro aconteceu horas antes de o ex-capitão prestar esclarecimentos à Polícia Federal sobre o caso das joias sauditas.

O périplo de Bolsonaro deve privilegiar cidades onde ele se saiu vencedor na disputa presidencial de outubro passado. Auxiliares chegaram a defender que o ex-presidente inaugurasse a agenda em Maceió (AL), a única capital do Nordeste onde ele bateu Lula (PT) no segundo turno.

Há, no entanto, uma tendência de que o primeiro destino seja São Bernardo do Campo (SP), berço político do atual presidente da República. Lá, a Câmara de Vereadores aprovou a concessão de um título de cidadão a Bolsonaro.

O estado de São Paulo também entrou na mira do PL por ter prefeitos insatisfeitos com o PSDB. A ideia é se reunir com vereadores e lideranças locais e tentar atraí-los para a sigla, com foco nas eleições municipais de 2024.

A avaliação de aliados é que, à frente da presidência de honra da legenda, Bolsonaro poderia fortalecer candidaturas a prefeituras no ano que vem e que esse movimento o credenciaria a disputar o Planalto em 2026.

No meio do caminho, porém, está uma ação em estágio avançado no Tribunal Superior Eleitoral que pode levar à inelegibilidade de Bolsonaro devido a uma reunião com embaixadores em julho passado. Ele ainda terá de lidar com as investigações do Supremo Tribunal Federal sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro e as mentiras disseminadas contra o sistema eletrônico de votação.

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