Política

PF investiga se Abin monitorou Jean Wyllys com software espião no governo Bolsonaro

O uso do First Mile, produzido pela israelense Cognyte (antiga Verint), motivou uma operação policial na última sexta-feira

O ex-deputado Jean Wyllys. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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A Polícia Federal apura se a Agência Brasileira de Inteligência monitorou a localização de celulares do ex-deputado Jean Wyllys, de um servidor da área de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral e até de caminhoneiros por meio de um programa espião. A informação foi revelada neste sábado 21 pelo jornal O Globo.

A corporação também suspeita de que houve vigilância reforçada durante as eleições municipais de 2020 e em áreas próximas ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

O uso pela Abin da ferramenta First Mile, produzida pela israelense Cognyte (antiga Verint), motivou uma operação deflagrada pela PF na última sexta-feira 20, com autorização do Supremo Tribunal Federal. A utilização do software ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Com essa tecnologia, a agência podia monitorar, sem qualquer autorização judicial, até 10 mil pessoas por ano. Bastava digitar o número de um contato no programa para acompanhar a localização do aparelho.

No caso de Jean Wyllys, investigadores da PF identificaram o monitoramento de um contato relacionado a ele. Em 2019, o político decidiu não assumir um novo mandato de deputado federal, devido a ameaças recebidas no Brasil. Foi, então, morar no exterior, mas manteve sua oposição a Bolsonaro.

Na sexta-feira, o governo Lula (PT) anunciou a demissão de dois servidores da Abin presos durante a operação da PF: Eduardo Izycki e Rodrigo Colli.

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