O presidente Jair Bolsonaro fugiu de uma pergunta, neste domingo 15, sobre a possibilidade de mais uma troca no comando da Petrobras. O presidente da empresa, José Mauro Coelho, está no cargo há apenas um mês, mas já enfrenta pressão.
A jornalistas, Bolsonaro disse na Praça dos Três Poderes que a responsabilidade é do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.
“Pergunta para o Sachsida”, afirmou o ex-capitão. “Ele é o ministro das Minas e Energia e trata disso. E deixo bem claro: todos os meus ministros, todos, sem exceção, eu dou carta branca para fazer valer aquilo que ele achar melhor para o seu ministério para atender à população.”
“Pergunta para o Sachsida” também foi a resposta de Bolsonaro a uma pergunta sobre a possibilidade de a privatização da Petrobras andar em 2022. Na última quinta 12, o ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu de Sachsida um pedido de estudo sobre a “desestatização” da petroleira.
A partir de agora, segundo Guedes, a solicitação chegará ao Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos e visa permitir, em primeiro lugar, a inclusão da empresa que administra o pré-sal brasileiro, a PPSA, no Programa Nacional de Desestatização. Depois, virá a avaliação dos mecanismos legislativos necessários para privatizar a Petrobras.
Ainda na quinta, após se reunir com secretários estaduais de Fazenda, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou a tentativa do governo de privatizar a Petrobras. Segundo ele, “o momento é muito ruim” e além disso, a venda não resolveria o problema da alta no preço dos combustíveis.
“Não considero que esteja no radar ou na mesa de discussão, neste momento, a privatização da empresa, porque o momento é muito ruim”, disse a jornalistas. “Nós temos dificuldades de valorização de ativos. Estamos passando por problemas, de necessidade de (buscar uma estabilidade).”
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