Política

Paulo Preto guardava 100 milhões de reais em dinheiro vivo

Quantia, o dobro da armazenada por Geddel Vieira Lima, ficava escondida em dois endereços em São Paulo, diz o Ministério Público

(Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)
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No Brasil, um novo escândalo de corrupção sempre é capaz de superar o anterior. As malas de dinheiro com 51 milhões de reais no apartamento em Salvador alugado por Geddel Vieira Lima que escandalizaram o País parecem agora uns trocados diante da mais recente revelação da Operação Lava Jato.

Segundo as investigações, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto, apontado como operador do PSDB, chegou a guardar 100 milhões de reais em dinheiro vivo em dois “bunkers” na cidade de São Paulo.

Como os quartos de um dos endereços onde o dinheiro ficava guardado eram úmidos, às vezes era necessário colocar as notas para secar ao sol para evitar o emboloramento, descreveu durante a entrevista coletiva o procurador Roberson Pozzobon.

Parte do dinheiro era armazenada em uma casa no bairro da Vila Nova Conceição, Zona Sul de São Paulo. Segundo os relatos do doleiro Adir Assad, um dos delatores da Lava Jato, emissários iam até a casa com uma perua para recolher de 12 a 15 malas, cada uma com 1,5 milhão de reais.

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Em entrevista coletiva nesta terça-feira 19, Pozzobom afirmou: “O bunker do Paulo Preto talvez tivesse o dobro do bunker de Geddel”.

Outra parte do dinheiro ficava escondida em um apartamento na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região central.

O ex-diretor da Dersa foi preso na manhã desta terça-feira 19 pela Polícia Federal na 60ª fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de pagamento de 130 milhões de reais em propina pela Odebrecht a políticos por meio de operadores financeiros e contas no exterior.

Leia também: Paulo Preto assombra o tucanato de São Paulo desde as eleições de 2010

A PF também realizou busca e apreensão na residência d tucano Aloysio Nunes Ferreira, ex-senador e ex-ministro das Relações Exteriores do governo de Michel Temer.

Segundo o Ministério Público, um cartão de crédito em favor do ex-ministro estava vinculado a uma das contas contas mantidas por Paulo Preto no exterior e alimentada com propina da Odebrecht.

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