Economia

Para maioria, principal problema do País é a economia e Bolsonaro não sabe resolver

Para 71%, o presidente está lidando de forma errada com a inflação e mais da metade da população vê pouca ação para geração de empregos

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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A mais nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira 8, mostrou que, na percepção popular, o principal problema do Brasil atualmente é a economia. Nada menos do que 41% dos entrevistados disseram ver no quesito o maior gargalo do País.

Ao mesmo tempo, os brasileiros disseram que a forma como o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem lidado com o problema é errada: 71%, por exemplo, avaliam negativamente a maneira que o presidente age com relação à inflação; para 51%,  as ações do presidente no quesito geração de empregos são ruins. Nos dois aspectos, o ex-capitão só é visto positivamente por 12% e 19% da população, respectivamente.

Para a maior parte da população, a economia com Bolsonaro e Paulo Guedes no comando também piorou. 70% disseram que o País atualmente está pior do que estava no último ano. Apenas 17% viram uma melhora e para 12% está tudo igual nos últimos doze meses.

A pesquisa Quaest também mediu a avaliação de outras políticas do governo. A atuação do presidente não é vista como positiva em nenhuma das áreas pesquisadas. Nem mesmo as bandeiras de campanha em 2018 fazem a percepção popular sobre Bolsonaro melhorar.

O fato fica evidente no quesito combate à criminalidade, um dos pilares da candidatura do ex-capitão na última eleição. Neste aspecto, metade dos brasileiros disse que as ações de Bolsonaro para reduzir a violência e a criminalidade estão incorretas. Só 24% avaliaram como positiva as políticas do presidente neste tema.

No combate à corrupção, outra bandeira da campanha em 2018, Bolsonaro também não se sai bem. 48% dos entrevistados avaliaram negativamente o presidente no quesito. O mesmo ponto só é visto positivamente por 28% da população.

O enfrentamento da pandemia tem percepções semelhantes: 47% avaliaram negativamente e 28% positivamente a forma como Bolsonaro conduziu o País durante este período, segundo o levantamento.

A pesquisa também mediu a avaliação do presidente na questão ambiental. 51% indicaram que Bolsonaro não age bem para combater queimadas na Amazônia e 18% apontaram que as políticas neste aspecto são boas.

A Quaest foi realizada com base em 2.037 entrevistas presenciais entre os dias 2 e 5 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

Em outros recortes da pesquisa, é possível ver que Bolsonaro segue com alta rejeição a sua candidatura em 2022 e perderia para todos os candidatos em um eventual segundo turno. O levantamento também confirmou o favoritismo de Lula nas intenções de voto e a consolidação de Moro em terceiro lugar.

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