Política

Para Janaina Paschoal, Bolsonaro corre risco de não concluir o mandato

Janaina, uma das autoras do processo de impeachment de Dilma Rousseff, disse que o presidente precisa entender o tamanho do papel que tem

A deputada federal janaíona Paschoal junto do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Agencia Brasil
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A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), autora do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, esteve no programa Roda Viva nesta segunda-feira 4. A parlamentar afirmou que, para ela, existe uma chance de o presidente Jair Bolsonaro não concluir seu mandato.

“Não pela prática de crimes, eu acredito no presidente, mas ele se circulou de pessoas que eu acho que não aconselham bem. Tem bons ministros, o governo está indo bem, mas precisa tomar cuidado. Nós estamos no primeiro ano e o tamanho dos conflitos são de fim de governo”, disse a parlamentar.

 

A deputada, que chegou a ser cotada para ser vice-presidente na chapa de Bolsonaro, voltou a criticar o fanatismo presente dentro do seu partido e disse que se o PSL não se cuidar, acaba virando um “PT ao contrário”. “Eu gostaria que eles [a família Bolsonaro] colocassem a mão na consciência e se esforçassem em entender o tamanho do papel que eles têm”, disse.

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP)

Janaina, que é jurista e defensora da democracia, também foi questionada sobre a fala do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), sobre um novo AI-5. O 03 da família declarou, em entrevista à jornalista Leda Nagle, que um novo regime autoritário, assim como foi na ditadura, poderia ser pensado caso a esquerda se radicalizasse.

“Eles nunca mentiram sobre acreditar nisso mesmo, mas o País tem instituições fortes o suficiente para que não haja espaço. Eles têm a visão de que a ditadura foi algo positivo”, defendeu a deputada.

Eleições e PSL

Janaina, que foi a deputada mais votada da história do Brasil, com mais de 2 milhões de votos, afirmou que não irá concorrer à prefeitura de São Paulo. “Faço mais pela cidade no Parlamento”, declarou.

A parlamentar foi cotada para ser a representante do PSL na cidade pelo número de votos que obteve e pela sua visibilidade, mas vem recusando o convite. Ela afirmou que ainda não possui um nome que defenda para as eleições de 2020, mas que fará isso focando na pessoa e não no partido.

Já sobre a fala do presidente, que afirmou em entrevista à TV Record que há 80% de chances de ele deixar o PSL, Janaina disse que não deixará o partido caso isso aconteça. “Eu, assim como Bolsonaro, não sou de partidos. Só saio do PSL caso consiga manter minha candidatura avulsa”, disse ela, que vai ao TSE defender essa tese.

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