Política
Pacheco se posiciona contra proposta que limita ações da PF no Congresso
‘Não é razoável nós pensarmos a proibição de medidas cautelares contra qualquer tipo de seguimento’, afirma
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira 28 ser contra a proposta para limitar operações da Polícia Federal nas dependências do Congresso, texto conhecido como PEC da Blindagem.
“Não é razoável nós pensarmos a proibição de medidas cautelares contra qualquer tipo de seguimento ou qualquer tipo de autoridade pública. Isso é um meio de investigação dado ao direito de quem investiga poder coletar provas”, disse Pacheco.
O senador, entretanto, ponderou. “Obviamente, é preciso ter forma, ter critério, é preciso equilíbrio nesse trato”. Na avaliação de Pacheco, uma proposta para a extinção desse mecanismo seria “difícil de avançar”.
A posição de Pacheco contraria o que defende o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chegou a pedir que líderes partidários consultem suas bancadas sobre a viabilidade da tramitação das propostas.
A principal matéria, apresentada pelo deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), determina que buscas e ações judiciais contra congressistas só possam ocorrer após o aval da Mesa Diretora da Câmara ou do Senado.
O texto está em fase de coleta de assinaturas e ganhou tração em meio às batidas policiais nos gabinetes dos deputados Alexandre Ramagem e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro, em investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.