Economia

Pacheco defende permanência de Prates no comando da Petrobras

Atual presidente da estatal vive um processo de fritura política; apoio de Pacheco, porém, deve reduzir o ritmo das críticas

Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) conduz sessão. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a permanência de Jean Paul Prates no comando da Petrobras. A defesa do atual presidente da estatal foi feita nesta quarta-feira 10, em entrevista ao canal de TV GloboNews.

Segundo defendeu Pacheco, manter Prates no comando da Petrobras seria uma forma do governo Lula prestigiar o Senado Federal. Ele confirmou ter levado essa visão ao Planalto, em uma reunião com Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais. Prates, vale lembrar, atuou como senador nos últimos quatro anos, tendo deixado a cadeira para assumir a companhia de petróleo.

“Fiz uma manifestação de cunho pessoal sobre a qualidade dele. Cumpriu missões importantes no Senado, tem profundo conhecimento do setor. Nós, no Senado, nos sentimos prestigiados com ele na presidência da Petrobras“, defendeu Pacheco ao canal de TV.

“É um nome adequado que conhece o setor. A eventual mudança na Petrobras não me diz respeito, não irei interferir nisso, mas fiz uma ponderação sobre a qualidade do Jean Paul”, insistiu Pacheco.

O apoio do presidente do Senado se dá em meio ao intenso processo de fritura que Prates enfrenta nas últimas semanas. Após diversos impasses com o atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, as tensões teriam chegado ao ápice em um desacordo sobre a distribuição de dividendos.

No auge da crise, petroleiros, em defesa do atual presidente, chegaram a classificar o processo como um ‘espancamento’.

Diante do clima, cresceram na última semana as especulações de que Lula (PT) trocaria Prates por Aloizio Mercadante, atual chefe do BNDES.

O tema seria pauta de uma reunião no final de semana, cancelada após o vazamento das informações. Na segunda-feira, o tópico motivou um encontro de Lula com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e outros integrantes da equipe de governo.

Por ora, Prates segue no comando da Petrobras. A defesa pública feita por Pacheco pode, inclusive, ter arrefecido os ânimos na situação. Na terça-feira, Alexandre Silveira, já com conhecimento da visão de Pacheco, reduziu o ritmo das críticas e disse que a saída do presidente da estatal não passaria de uma especulação.

Em coletiva em Brasília, o ministro defendeu ser atribuição única de Lula escolher o nome mais adequado para o posto. Silveira, vale lembrar, assim como Prates, também trocou o Senado pela vaga no governo federal. Ele também é correligionário de Pacheco.

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