Os índices de aprovação e reprovação a Lula entre católicos e evangélicos, segundo pesquisa

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira 6 pela consultoria Quaest revelou, entre outros itens, o atual nível de aprovação do presidente Lula (PT) no eleitorado evangélico e católico do País.

O trabalho do presidente, segundo o levantamento, é avaliado positivamente por 58% dos eleitores católicos. Já a desaprovação no grupo soma 39%. A variação desde a última pesquisa, de dezembro de 2023, é leve, pouco além do limite da margem de erro.

Evangélicos, porém, marcam uma nova fase, com índices significativamente piores do que os registrados em dezembro. A visão negativa sobre Lula entre o grupo religioso aumentou 6 pontos percentuais, alcançando 62%. A aprovação, por sua vez, caiu na mesma proporção, chegando a 35%.

Com relação à avaliação geral do governo Lula, entre os católicos, a gestão petista foi aprovada por 42% dos entrevistados. O índice de avaliação negativa também cresceu, de 25% em dezembro, para 28% agora. Regular, por sua vez, somava 31% e hoje é 28%.

Assim como na aprovação, a gestão do petista é vista negativamente pelos evangélicos, grupo bastante alinhado ao bolsonarismo. São 48% os evangélicos que marcam visão negativa ao governo. Eram 35% em dezembro. Evangélicos com visão positiva são apenas 22%, 5 pontos percentuais a menos do que na última pesquisa. A parcela regular recuou de 34% para 27%.

A pesquisa ainda menciona uma comparação entre os presidentes. Mais da metade dos católicos (54%), neste caso, apontaram que o governo Lula está melhor do que foi a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Para 56% dos evangélicos o petista é pior do que o ex-capitão no comando do País.

O resultado, indicam os responsáveis pela pesquisa, foi possivelmente influenciado pelas declarações feitas pelo petista denunciando genocídio da população palestina na Faixa de Gaza por Israel. O grupo impactou o resultado geral, em que Lula recuou 3 pontos percentuais na aprovação.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas, presencialmente, entre 25 e 27 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.