Política

Oposição vai ao STF pedir apuração sobre áudio copiado por Bolsonaro

Pedido quer que Dias Toffoli apure supostos crimes de responsabilidade e administração pública cometidos por Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro em sua visita à China. Foto: Isac Nóbrega/PR
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Deputados da oposição apresentaram, nesta terça-feira 05, um documento de notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o vereador Carlos Bolsonaro, por conta das declarações dadas acerca dos áudios da portaria do condomínio Vivendas da Barra – mais um capítulo das investigações sobre o atentado contra Marielle Franco e Anderson Gomes.

Segundo declarado pelo presidente, os áudios de ligações feitas entre a portaria e as casas do condomínio foram obtidos antes que fossem modificados. “Nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de ano. A voz não é minha”.

O pedido é assinado por deputados do PT, PSOL, PCdoB, PDT, que pedem a Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, que seja instaurada uma linha de investigação sobre o que foi afirmado por Jair Bolsonaro. Entre as medidas, constam busca e apreensão do material obtido e a apuração de possíveis crimes de responsabilidade e improbidade administrativa.

Para os deputados, Jair Bolsonaro agiu para se proteger ou blindar um dos filhos das investigações acerca do que foi dito pelo porteiro do condomínio.

“Os possíveis investigados por eventual participação ou colaboração no crime, teriam se apropriado das provas materiais que podem incriminá-los […] Trata-se, à toda evidência, de uma clara tentativa de destruição e/ou manipulação de provas, visando afetar e mesmo frustrar a lisura das investigações policiais e ministeriais em curso e que, como dito, atingem direta ou indiretamente, o Presidente da República e, ao menos por enquanto, um de seus filhos”, diz o documento.

Segundo reportagem da TV Globo, um “Seu Jair” teria autorizado a entrada de um dos assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes no dia 14 de março. O presidente (então deputado), no entanto, estava em Brasília nessa data, conforme provam os registros da Câmara dos Deputados.

O presidente Bolsonaro afirma que as gravações estão à disposição de todos os moradores e que sua atitude não afetou nas investigações. Sergio Moro, por sua vez, defendeu a visão de Bolsonaro e afirmou que “copiar áudio não é obstrução de Justiça”.

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