Política
O saldo dos atos violentos de bolsonaristas em Brasília, segundo os bombeiros
De acordo com a corporação, três carros e cinco ônibus foram queimados
O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal confirmou que três carros e cinco ônibus foram queimados durante manifestações violentas promovidas por bolsonaristas em Brasília na segunda-feira 12.
De acordo com a corporação, do total, quatro ônibus e um carro foram totalmente queimados e o restante, parcialmente. Um homem de 67 anos precisou de atendimento médico após inalar gás lacrimogêneo.
Os atos de vandalismo tiveram início após a prisão do cacique José Acácio Serere Xavante na capital federal.
Após a detenção do indígena, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, apoiadores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir a sede da PF na capital federal e iniciaram um protesto que resultou no fechamento do Setor Hoteleiro Norte, onde o presidente Lula (PT) se encontrava, e de parte do Eixo Monumental.
Xavante é acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. A prisão foi solicitada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública.
Conforme a decisão, o cacique Serere, como é conhecido, teria realizado nos últimos dias “manifestações de cunho antidemocrático” em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, em um shopping e em frente ao hotel onde Lula está hospedado.
Para a PGR, o cacique “vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas” para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.