Política

O que Tarso Genro espera de Beto Albuquerque em nome da aliança entre PT e PSB no RS

Para ex-governador, solução para o impasse entre os partidos só virá com intervenção das direções nacionais

O que Tarso Genro espera de Beto Albuquerque em nome da aliança entre PT e PSB no RS
O que Tarso Genro espera de Beto Albuquerque em nome da aliança entre PT e PSB no RS
Foto: Divulgação Sistema Farsul
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O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro afirmou que o pré-candidato ao executivo estadual Beto Albuquerque ainda não fez nenhum movimento que deixe claro a necessidade de uma aliança entre os seus partidos, PT e PSB no estado.

As legendas, que firmaram um acordo nacional em torno do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), ainda não chegaram a um acordo para se ter um único nome na disputa pelo governo estadual. Enquanto os pessebistas apostam em Albuquerque, o PT lançou o deputado estadual Edegar Pretto.

“O PSB fala quase que exclusivamente a partir do discurso do Beto Albuquerque. A voz da direção, na minha opinião, é pouco considerada no espectro político”, disse Genro a CartaCapital. “O Beto sempre esteve aliançado com as mais diversas forças políticas, não somente com o PT e isso tem dificultado um pouco o andamento da situação”.

A avaliação do PT do Rio Grande do Sul é de que, para se ter viabilidade da chapa, é preciso que se marque um posicionamento à esquerda. Já no PSB há dúvidas sobre essa posição. O partido defende que, ao contrário do pré-candidato petista, Albuquerque reúne melhores condições de ampliar a aliança no estado em caso de segundo turno.

“O Beto não fez nenhum movimento forte, expressivo, de afirmar a necessidade de aliança com o PT“, acrescentou Genro em contato com a reportagem.

O impasse no estado, assim como no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, permanece mesmo após PT e PSB chegarem a um acordo em São Paulo, com a desistência de Márcio França (PSB) em favor da pré-candidatura de Fernando Haddad (PT).

Para Genro, um acordo só será possível com a intervenção das direções nacionais das siglas. “A aliança só se realizará a partir de um impulso nacional”, revelou. “Houve uma série de tentativas, todas elas em um primeiro momento rejeitadas pelo PSB”, completou.

No fim do mês, o PSB realizará sua convenção nacional para aprovar oficialmente a escolha de Alckmin como vice de Lula e deliberar sobre as coligações. A expectativa é de que, até lá, as divergências nos estados estejam resolvidas.

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