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‘Combinado é combinado. Deu a palavra, tem que cumprir’, diz Márcio França em primeiro evento com Haddad

Segundo pessebista, acerto ocorreu porque Haddad reuniu melhores condições de vencer a disputa pelo governo do estado

Foto: Reprodução
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O agora pré-candidato ao Senado por São Paulo Márcio França (PSB) participou neste sábado pela primeira vez de um evento público ao lado de Fernando Haddad (PT), agora único pré-candidato da centro-esquerda na disputa pelo governo do estado. Após meses de negociação, o pessebista retirou na sexta-feira a pré-candidatura para apoiar o petista nas eleições.

Segundo explicou França durante um evento em Diadema, apesar de ter demorado meses para anunciar sua decisão, o acerto já havia sido pré-definido há meses, quando combinou com Haddad de que o melhor colocado nas pesquisas seria o escolhido da dupla.

“Combinado é combinado. Deu a palavra, tem que cumprir”, iniciou França. “Até ontem de manhã não havia anunciado, mas já tinha combinado com Haddad. Quem tivesse a melhor condição iria concorrer e eu reconheci que ele tem, nesse instante, as melhores condições”, acrescentou em seguida.

Após explicar o acerto, França então passou a defender a necessidade de fazer Lula (PT) ampliar o número de eleitores em São Paulo, destacando o papel que Geraldo Alckmin (PSB) terá neste sentido.

“Chamei Alckmin há muito tempo para ajudar a eleger Lula. Eles foram adversários, mas pensam iguais em muitas pautas, como o direito das pessoas com deficiência e liberdade de viver da comunidade LGBT”, destacou.

Conforme defendeu, Alckmin, como ex-governador de SP, poderá atrair novos votos para o ex-presidente. O cálculo, segundo defendeu França, é de que uma vitória no estado poderá significar a solução do pleito ainda no primeiro turno.

“São Paulo é muito grande e não pode correr risco, qualquer 10% em São Paulo são 2 milhões de votos a menos. Por isso temos que fazer Lula vencer em São Paulo. É isso o mais importante de estarmos juntos”, resumiu. “São Paulo é decisivo”, repetiu o pré-candidato ao Senado.

Em sua participação, Haddad celebrou o novo aliado e reconheceu que a união poderá render ainda mais votos para ele e Lula:

“Esse time aqui é um time vencedor e que precisa ganhar em nome desse País”, disse após diversos elogios a França. O petista também defendeu a necessidade de ‘virar votos’ até o início das eleições. “Diferente de 2018, não temos 15 dias, temos 12 semanas”, destacou.

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