Política

A solução – e o que deu errado – durante a crise entre o governo Lula e as Forças Armadas

Segundo Eugênio Aragão, ex-ministro da Defesa, as tentativas anteriores de aproximação com os militares, baseadas no diálogo, foram inócuas

Lula durante encontro com Novo Comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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A crise de relacionamento entre o governo do presidente Lula (PT) e as Forças Armadas só foi resolvida após a mudança no comando do Exército. A avaliação é do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.

De acordo com o advogado, as tentativas anteriores de aproximação com os militares, baseadas no perfil moderado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, foram inócuas.

“[Múcio] É uma pessoa que está fora de contexto dos partidos progressistas, portanto conservador, e capaz de conversar com esses militares com tendências golpistas”, disse Aragão em conversa com CartaCapital. “Foi uma tentativa válida, mas infelizmente não funcionou”.

Na conversa, o ex-ministro, que fez parte da coordenação jurídica da campanha de Lula à presidência, confirmou que na transição do governo houve “nítida recusa dos militares de conversar”.

“Então, Múcio foi quem o Lula escolheu por ter interlocução com esses militares”, lembra.

Para o advogado, Lula só impôs sua autoridade sobre as Forças Armadas quando substituiu o general Júlio César de Arruda pelo novo comandante do Exército Tomás Ribeiro Paiva.

“O presidente só conseguiu colocar ordem na casa no momento em que deu um claro sinal ao substituir o comandante do Exército”, contou. “O que fica como recado para os demais comandantes”.

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