Política

O que diz o PT sobre a possibilidade de instalação da CPMI dos atos golpistas

Deputados dizem estar em andamento um movimento para esvaziar a possibilidade de abertura da Comissão

Câmara dos Deputados Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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A atuação da bancada do PT na Câmara para retirar assinaturas do requerimento que pede a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre os atos golpistas começou a surtir efeito, segundo parlamentares da legenda.

Nos bastidores, deputados do partido dizem estar em andamento um movimento para esvaziar a possibilidade de CPMI e que há margem para impedir a abertura.

Como mostrou CartaCapital, a avaliação dos petistas é que uma Comissão formada por deputados e senadores neste início de governo tem potencial de impor derrotas políticas à gestão do presidente Lula (PT).

A oposição protocolou o requerimento que mira uma suposta omissão do governo em relação aos atentados às sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro. No total, 189 deputados e 33 senadores subscreveram o documento.

Entre os signatários há parlamentares de partidos que compõem a base governista no Congresso, como o MDB, o PSD e o União Brasil.

Antes do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ler o requerimento – o que, na prática, inicia os trabalhos da Comissão -, a Casa vai checar as assinaturas. É este intervalo que o PT tem usado para convencer deputados e senadores a retirarem o apoio.

Uma outra batalha se dá no convencimento da opinião pública. Petistas afirmam que a intenção dos bolsonaristas é promover fake news que envolvam o governo como interessado no vandalismo na capital federal.

Os partidários de Lula defendem que as ações em curso da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Supremo Tribunal Federal são suficientes para esclarecer os quatro pontos que exigiam respostas: 1) quem idealizou; 2) quem financiou; 3) quem se omitiu; 4) quem participou.

Um outro pedido de CPI, protocolado pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), também aguarda a leitura de Pacheco para ser instalada. O STF, após provocação da parlamentar, deu um prazo para o presidente do Senado se manifestar sobre o tema.

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